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Marcelo Teroca usa a matemática como espinha dorsal para apresentar uma visão holística do mundo, percorrendo diversas áreas do conhecimento. Com inspiração e intuição, o autor trabalhou por mais de dois anos com perseverança para que esse livro fosse concebido. Não surpreende que alguém que vem nos encantando há décadas com suas canções se mostre também um autor potente e criativo. Como discípulo fiel de Galileu, que afirmava que os caracteres da natureza são escritos pela matemática, Marcelo propõe que o universo deve funcionar segundo cinco princípios de organização, expressos por um conjunto de cinco números. Segundo o autor, para entender o universo, há que se conhecer sua linguagem e seus caracteres; e ele os decifra, estabelecendo um quinteto numérico que, segundo a sua concepção, seria válido para expressar praticamente qualquer área da atuação humana. Em outras palavras, esse livro faz da matemática a linguagem comum do universo. Através de uma série de correlações numéricas, o autor mostra que ela se constitui na arte da compreensão, em uma viagem ao tempo, às artes, à ciências da química, física e biologia, à psicologia, à história, enfim, ao universo.

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Regina Célia Galvão Frem, professora titular do Instituto de Química da Unesp.

Pitágoras de Samos, no século VI a.C., criou através da matemática a escala diatônica, base de toda a música ocidental. “Os números governam o mundo”, ele dizia. Neste livro, após lecionar matemática por 30 anos e tendo hoje uma visão holística da vida, Marcelo Teroca decidiu revisitar a matéria,  correlacionando conhecimentos da natureza visível e invisível para desvendar esse código. Os cinco números aqui utilizados como ferramenta trazem resultados improváveis, mas insistentes, embelezados pela arte da coincidência. O Pi (3,1415…) acompanha todo o universo das formas circulares e esféricas, na unanimidade das estrelas e planetas do cosmo. O número de Euler (2,7182…) e a regra dos logaritmos colocam trastes na subdivisão exata do braço de um violão, gerando a afinação perfeita das cordas. O número de ouro, Fi (1,6180…), que é a razão áurea de Fibonacci, está no caracol, na Via Láctea, nos ramos das árvores, na proporção do rosto humano e até em nosso DNA. O Delta (4,6692…), número do caos, exprime a entropia, seguindo espontaneamente os princípios da natureza rumo à desordem irreversível. Mas embora tudo se desagregue, se desgaste, se desfaça, curiosamente algo conspira para que o universo e a vida sigam na contra-mão. O quinto número, o do éter (1,7632…), relativo à quintessência da natureza, é algo novo, recém descoberto e corajosamente proposto pelo autor para demonstrar que as disciplinas se interpenetram, pois tudo está conectado. Quando percebemos que a beleza é uma lei da natureza, desde o infinitamente pequeno até a grandiosidade exuberante das galáxias, lembramos do filósofo Léon Denis: “No fundo — e aí está a maravilha — a lei que rege as relações do som, da luz, do calor, é a mesma que rege o movimento, a formação e o equilíbrio das esferas, ao mesmo tempo que regula suas distâncias. Essa lei é ao mesmo tempo a dos números, das formas e das ideias.”

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Zé Henrique Martiniano
Engenheiro, músico e compositor

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